O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá liberar, até o final do ano, R$ 41 milhões para alimentar instituições de fomento que operam na área do microcrédito. O banco não trabalha diretamente com esse tipo de cliente, mas tomou a decisão de repassar recursos para agentes ligados a instituições com acesso a redes organizadas de clientes que demandam pequenos empréstimos.
A medida também incentiva a atuação das cooperativas centrais de crédito no desempenho do papel de agentes de microcrédito, havendo atualmente apenas três cooperativas, num universo de 39, credenciadas pelo BNDES para a realização da atividade específica.
Na prática, o agente credenciado deverá demonstrar capacidade de tomar R$ 1 milhão do banco e pulverizar a quantia em pequenos empréstimos de até R$ 1 mil, por exemplo, beneficiando tomadores finais. A cooperativa vai pagar ao BNDES sobre o valor contratado TJLP pura, sem juros. Para o pequeno empreendedor o custo do dinheiro será de até 4% ao ano, segundo prescreve o conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Atualmente, o Banco Nacional do Nordeste (BNB) é o principal operador nacional de microcrédito produtivo, mediante o programa CredAmigo, que desde o lançamento da modalidade já emprestou cerca de R$ 200 milhões. Os financiamentos têm ajudado humildes produtores de alimentos, confecções, brinquedos, artesanatos e até prestadores de serviços a adquirir máquinas e equipamentos para aumentar a produção, incluindo a geração de empregos.
Técnicos do BNDES informam, em matéria distribuída por agências de notícias, que a previsão do empréstimo de R$ 41 milhões tem potencial para gerar 800 mil negócios e 1,4 milhão de empregos novos ou mantidos. Segundo as análises liberadas por agentes de microcrédito, é praticamente nulo o índice de inadimplência dos tomadores de empréstimos, em primeiro lugar interessados em manter aberto o canal de negociação para futuros contratos.
Um exemplo que vale a pena ser imitado, a fim de estimular a produção caseira e artesanal.
