Depois de anunciar seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, afirmou que subirá apenas em palanques de candidatos do seu partido nas disputas estaduais. "De forma alguma subirei em outro palanque que não seja do candidato do meu partido", afirmou Temer.
Segundo ele, o apoio declarado a Alckmin deve agregar forças em São Paulo à candidatura ao governo de Orestes Quércia. Na disputa no Estado, o candidato do PSDB, José Serra, lidera as pesquisas de intenção de voto. "Muita gente me procurou para dizer que vai apoiar essa chapa Alckmin/Quércia.
Temer garantiu que mais da metade do PMDB deve encampar a campanha de Alckmin – incluindo apoios de peso como o dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. "Tenho 11 diretórios que fazem aliança com o PFL ou com o PSDB.
Ele disse que conversou pessoalmente com Quércia, no sábado, comunicando que faria o anúncio, e afirmou ter ouvido dele palavras de consentimento. "Falei com ele no sábado, disse que estavam fazendo coisas equivocadas na área nacional, dando a impressão de que o PMDB estava barganhando cargos para dar apoio", relatou Temer. "Não fica bem para o PMDB dar apoio em troca de eventuais cargos.
Segundo Temer, a ala governista do PMDB tentava dar a impressão de que todo o partido estava apoiando Lula. "Isso não é verdade. Mais de 50% do partido deve ir com Alckmin.
O presidente do PMDB chamou a atenção também para problemas nos apoios dados pelos governistas a Lula e citou os casos de Alagoas e Maranhão.
Nesses Estados, que têm diretórios fortes, o PMDB fechou com o PT na disputa presidencial, mas apóia candidatos do PSDB e do PFL ao governo. Em Alagoas, a principal liderança do partido, Renan Calheiros, apóia Lula, mas vai trabalhar pela candidatura de Teotônio Vilela (PSDB). No Maranhão, a principal liderança peemedebista, José Sarney, apóia Lula, mas trabalhará pela candidatura ao governo de sua filha Roseana Sarney, do PFL.
