O governo do México se queixou da postura do Brasil de oferecer seu voto a países de fora da América Latina para dirigir o posto mais alto no sistema de saúde internacional e, pelo menos até agora, não manifestar apoio ao único candidato latino-americano, o ministro da Saúde do México, Julio Frenk, para comandar a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta segunda-feira (6) foi dada a largada para o processo de seleção do novo diretor de uma das principais agências da ONU. O Brasil apoiava o candidato de Moçambique, Pascoal Mocumbi, que acabou sendo eliminado nas primeiras rodadas de votações.

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Para o embaixador do México na ONU, Luis Afonso de Alba, é "doloroso" ver o Brasil apoiando um candidato de outra região e não o mexicano Frenk. A opção original do Itamaraty era votar pelo candidato do Equador, Alfredo Palácio, que acabou desistindo da eleição há duas semanas. Sem um sul-americano na corrida, o Brasil declarou seu voto ao representante africano.

Para a fase final, que começará amanhã, cinco candidatos permanecem na disputa: a chinesa Chan, a ministra espanhola, o japonês Shigeru Omi, o representante do Kuwait, Kazem Behbehani, e o mexicano Frenk. Nessa fase, cada país poderá votar por apenas um candidato. O Itamaraty evitou dizer para quem iria o voto brasileiro.

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