Metalúrgicos da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, voltaram ao trabalho hoje, após 17 dias úteis de greve, período em que mais de 16 mil veículos deixaram de ser produzidos. Eles vão aguardar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que julgará nos próximos dias a reivindicação de pagamento de participação nos resultados da companhia.
Empresas e funcionários não chegaram a um acordo em relação ao valor do Programa de Participação nos Resultados (PPR) a ser pago este ano. A montadora oferece R$ 5 mil, atrelado a uma meta de produção de 208 mil veículos, ou R$ 4,5 mil, sem meta estabelecida. Os trabalhadores, que inicialmente pediam R$ 5,5 mil, aceitam a proposta de R$ 5 mil, mas sem meta.
Como não houve acordo, o TRT julgará o dissídio. "Acataremos a decisão da Justiça e, se for negativa para nós, vamos recorrer", disse o coordenador da Comissão de Fábrica da Volks, Valdir Freire Dias. Segundo ele, mesmo com o retorno – decidido em assembléia realizada às 8h com os cerca de 12 mil funcionários da fábrica -, não há como cumprir a meta de produção.
Os grevistas devem ter parte dos dias parados descontados e o valor pode superar a diferença de R$ 500 que provocou a paralisação, a primeira na categoria por pagamento de participação nos resultados.
