Bosch, Case New Holland, Suzuki, Trevisan, Mollins, TMT Motoco e Aspro do Brasil. Essas são algumas das indústrias que foram paralisadas nos últimos dias pela Campanha Salarial 2006 do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Na noite de hoje (27), a diretoria da entidade define a realização de uma greve geral, a partir da próxima sexta-feira. O objetivo é fortalecer o movimento trabalhista. A data-base da categoria é em 1º de dezembro.
O Sindimetal, entidade patronal que representa três mil empresas do setor, ainda não apresentou proposta à altura das reivindicações dos trabalhadores. Os metalúrgicos querem, no mínimo, o mesmo que foi fechado em São Paulo: 5% de elevação salarial e renovação de todas as cláusulas sociais.
Greve na Bosch
A definição sobre a greve da Bosch, maior indústria metalúrgica do Paraná, com cinco mil trabalhadores, ficou para a noite de hoje. Os trabalhadores do terceiro turno irão fazer assembléia às 23h para decidir se aceitam ou não a nova proposta da empresa. Os metalúrgicos do primeiro e do segundo turnos aprovaram, embora sem unanimidade, e cessaram a greve. Se os trabalhadores do terceiro turno reprovarem a proposta, o Sindicato dos Metalúrgicos não irá assinar o acordo com a Bosch.
A proposta de acordo da Bosch traz 5,52% de aumento salarial aplicados aos salários já em dezembro próximo e 2,5% em dezembro do ano que vem. No total, são 8,16%. Prevê ainda o pagamento de R$ 700,00 no próximo dia 03 de janeiro a título de complemento de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). No piso salarial, a Bosch propõe elevação de 5,52%. Por fim, diante da greve, a empresa desistiu de implantar a jornada de trabalho aos sábados, como pretendia inicialmente. "É uma proposta apenas razoável. Pode melhorar", avalia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.