Os cerca de 7 mil metalúrgicos das montadoras Volkswagen/Audi e Renault decidiram, na manhã desta quinta-feira (21), prorrogar por mais 24 horas a paralisação iniciada na última quarta-feira (20). E ganharam o apoio dos cerca de 1,8 mil trabalhadores da Volvo, que também decidiram cruzar os braços. Eles estão em negociações salariais.

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O Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) enviou uma nova proposta de reajuste para os trabalhadores, mas ela foi rejeitada. O Sinfavea e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba concordam apenas na reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 2,85%.

As discordâncias aparecem quando se trata do aumento real. Os metalúrgicos querem 5%. O Sinfavea subiu sua proposta de 1,3% para 2,10%. Desse índice, 0,78% seriam incorporados em setembro do próximo ano. Além disso, também melhorou o abono, que passou de R$ 150,00 para R$ 250,00. "É pouco", considerou o presidente do sindicato dos trabalhadores, Sérgio Butka.

Amanhã, os metalúrgicos voltam a se reunir para discutir a continuidade do movimento. Os dirigentes do sindicato dos trabalhadores disseram que vão aguardar mais uma proposta do Sinfavea. Se houver recusa por parte dos trabalhadores, eles pretendem encerrar as conversas com o sindicato patronal e partir para a negociação com cada uma das montadoras em particular.

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De acordo com os trabalhadores, a Renault deixa de produzir 250 veículos por dia, dos quais 85% são exportados. Na Volks, a produção é de 810 veículos diariamente, dos quais 40% para o mercado externo. A Volvo produz sete ônibus e 34 caminhões por dia, exportando 30% da produção.