São Paulo (AE) – As paralisações realizadas nesta quinta-feira por sindicatos de metalúrgicos, ligados à Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em fábricas de máquinas e implementos agrícolas foram consideradas de grande sucesso pelos organizadores do manifesto. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, o movimento teve adesão de 100% nas cidades paulistas de Matão (CUT) e Mogi das Cruzes (Força), Curitiba (PR) e Catalão (GO), onde o sindicato é independente.
O balanço preliminar do movimento, lançado para protestar contra as mais de 4 mil demissões que o setor promoveu nos dois primeiros meses do ano, aponta que mais de 4 mil trabalhadores estiveram envolvidos na manifestação, que também aconteceu na cidade gaúcha de Horizontina.
Em Matão, o protesto realizado na Baldam e Marchezan reuniu cerca de 3 mil trabalhadores. Na Valtra, fabricante de tratores em Mogi das Cruzes com cerca de 800 trabalhadores, foi realizada uma assembléia que aprovou a proposta de acordo negociada pela empresa com o sindicato local, que prevê, entre outras questões, a manutenção dos empregos por meio de um banco de horas.
Na cidade de Curitiba, houve um protesto, das 6 horas às 10 horas da manhã, com mais de mil trabalhadores em frente à CNH New Holland – marcas Case e New Holland. Os manifestantes utilizaram duas toneladas de sacas de milho, caminhões e colheitadeiras para fazer um bloqueio que prejudicou a circulação de veículos na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Em Horizontina (RS), sindicalistas começaram a concentração na unidade da John Deere por volta de 5h20 e receberam o apoio dos funcionários que chegavam para os primeiros turnos de trabalho. A produção na indústria começou com atraso, às 8 horas, quando terminou o ato.