Mesmo em alta, emprego formal ainda é exceção no campo

"A diferença de quando não tinha carteira assinada para agora é que tenho mais garantia, mais segurança, tenho o INSS em caso de acidente. A importância é ter um seguro de alguma coisa", disse Carlindo da Silva, 37 anos, há dois com carteira assinada. Carlindo trabalha com o plantio de hortaliças e lida com o gado numa chácara no Recanto das Emas, Distrito Federal.

Carlindo ainda é exceção. O campo apresenta problemas e a informalidade é um deles. De acordo com Antônio Lucas Filho, Secretário de Assalariados e Assalariadas da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o combate ao emprego informal não é o suficiente e necessita de "uma fiscalização mais firme por parte do governo". Lucas percebeu, no entanto, um aumento no número de empregados com carteira assinada nos últimos anos.

"A gente teve este ano um aumento do número de empregos com carteira assinada, principalmente no setor açucareiro. Tivemos um aumento devido ao crescimento do setor, que plantou mais lavoura e empregou mais. Em alguns estados houve aumento de 20% de trabalhadores em relação ao ano anterior", afirmou.

Lucas destacou que com o aumento das exportações, as empresas passaram a empregar mais gente, para garantir a exportação em quantidade e qualidade. Segundo ele, tem aumentado a produção de frutas, principalmente no nordeste, e da cana-de-açúcar e do leite.

Ele ressaltou, no entanto, que os trabalhadores já possuíam carteira assinada e que o que houve não foi combate à informalidade, mas aumento no número de empregados. "É um setor que já tem toda uma regularização. Não é combate à informalidade. Aumentou a produção e aumentou o número de carteiras assinadas", explicou.

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