Brasília – Depois de apresentar um dos menores crescimentos econômicos da América Latina no ano passado, o Brasil deve aproximar-se, em 2007, do desempenho de seus países vizinhos, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os motivos são dois: as outras nações latino-americanas devem crescer menos que nos anos anteriores e o Brasil, mais.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) ? soma de todas as riquezas produzidas no país ? teve alta de 3,7% no ano passado. Foi menos da metade que o resultado de Argentina (8,5%), Peru (8%) ou Venezuela (10,3%).
Este ano, os vizinhos devem ter crescimento menor, pela previsão do FMI: 7,5% na economia argentina, 6,2% entre os venezuelanos e 6% para os peruanos. A diferença para o crescimento brasileiro diminui, já que o país deve crescer 4,4%, nas previsões do fundo.
Os dois países que mais devem crescer na América Latina ano que vem, segundo o FMI, são justamente os que romperam relações com o fundo. A Argentina (8,5% de crescimento ano passado e previsão de 7,5% em 2007) rompeu um acordo com a organização, em 2001. A Venezuela (10,3% em 2006 e previsão de 6,2% ano que vem) também rompeu negociações com o FMI em 2003.
Os dados constam do relatório "World Economic Outlook", divulgado nesta quarta-feira (11) pelo FMI, que revê para cima a previsão de crescimento econômico do Brasil.