São Paulo – Mesmo com o embargo internacional, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram recorde histórico nos primeiros seis meses de 2006.

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De acordo com o balanço divulgado hoje (10) pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), foram exportadas, no período, 1,157 milhão de toneladas do produto, totalizando US$ 1,716 bilhão. Nos primeiros seis meses de 2005, as vendas externas somaram 1,151 milhão de toneladas, no valor de US$ 1,477 bilhão.

Em junho de 2006, o país exportou 221,943 mil toneladas frente a 228,336 mil no mesmo mês do ano passado. A receita foi de US$ 351,6 milhões ante US$ 305,8 milhões em junho do ano passado.

Segundo a Abiec, atualmente, 56 países importadores de carne do Brasil declararam embargo ao produto por questões sanitárias, dos quais 25 da União Européia. ?As exportações do primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado cresceram em volume só 0,5%, mas 16% em valor. Quer dizer, já estamos conseguindo melhorar preço?, disse o presidente da entidade, Marcus Vinicius Pratini de Moraes.

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Ele destacou que o Brasil vem superando outros países em volume de carne exportada. Mas afirmou que o principal problema é a queda nos preços do produto, causada pelo aumento da oferta em razão dos embargos sanitários.

?Hoje exportamos mais carne que a Austrália e a Argentina juntas, mas nossa carne ainda enfrenta barreiras em certos mercados por questões sanitárias, porque o novo nome do protecionismo é sanidade animal e vegetal. Não haveria nenhuma razão para impor essa barreira, mas eles impõem para proteger seus interesses comerciais?.

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Pratini disse, ainda, que o câmbio é um ?algoz? para o agronegócio porque reduz a renda dos produtores. ?Esse é um problema sério, mas apesar de tudo, os mercados internacionais gostaram da carne brasileira, estão comprando cada vez mais e estamos vendendo carne em 176 mercados?.

A expectativa da Abiec é que o Brasil deverá bater novos recordes de exportações em valores e volume este ano.