O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o esforço para atingir a auto-suficiência na produção de gás natural não significa que o Brasil vai abrir mão do gás fornecido pela Bolívia. "Temos demanda por gás em ritmo bastante elevado", afirmou, em entrevista em Nova York.

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"A demanda atual está em 41 milhões de metros cúbicos ao dia e a previsão que temos é que atinja 99 milhões de metros cúbicos/dia até 2010", comentou. Até 2019, a Petrobras tem contrato com a Bolívia para fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos por dia. "O que estamos falando é de aumentar a independência em relação ao gás da Bolívia, mas nós não estamos abrindo mão do fornecimento desses 30 milhões de metros cúbicos importados de lá".

Gabrielli explicou que, se a Bolívia não fornecer o gás para o Brasil, não tem para onde escoá-lo. "Não tendo como produzir o gás, a Bolívia também não tem como refinar os combustíveis líquidos, que dependem do condensado, produzido junto com o gás. Portanto a Bolívia se condena a uma paralisação se não tiver onde alocar o gás. Assim não há lógica racional para considerar a hipótese de a Bolívia suspender o fornecimento para o Brasil", concluiu.

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