A cúpula da Câmara não consegue se entender sobre reajuste de 28% dos salários e da verba de gabinete dos 513 deputados. A proposta de aumento foi apresentada formalmente à Mesa Diretora pelo segundo secretário da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI). Apesar disso, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), nega que o assunto esteja em discussão.
Com o aumento, o salário dos deputados saltaria dos atuais R$ 12 8 mil para R$ 16,5 mil. Já a verba de gabinete, para pagar até 25 funcionários, passaria de R$ 50,8 mil para R$ 65 mil ao mês. ?Se vai corrigir os salários dos deputados, tem que corrigir também os dos funcionários?, defendeu Nogueira, para quem o projeto deve ir à votação até o fim do mês.
?Esse assunto não está em pauta, e não pretendo colocar em pauta. No que diz respeito ao reajuste salarial, ou reposição de perdas, isso será tratado em dado momento, que não é este?, rebateu Chinaglia. Na campanha à presidência da Câmara, o petista incluiu entre suas promessas o reajuste imediato do vencimento parlamentar. Ontem, ele negou que esteja sendo pressionado.