O ministro de Fazenda, Guido Mantega, considera "positiva" a proposta da ministra de Economia da Argentina, Felisa Miceli, de apresentar uma posição comum do Mercosul na próxima Assembléia Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ser realizada em setembro, em Cingapura. No entanto, Mantega fez questão de esclarecer que essa idéia "já vinha sendo colocada em prática por meio de nossos diretores regionais".
Mantega explicou: "É que isso significa que, antes de irmos para a reunião anual do FMI, os países da América Latina conversam para que as propostas possam ser afinadas", dando a entender que não se trata de uma negociação conjunta, no futuro, em caso de necessidade de realizar novos pedidos de empréstimos junto ao organismo. "Eu concordei com a proposta e vamos levá-la adiante" afirmou, justificando que "como tendemos a ter posições próximas, semelhantes, acho que é uma boa proposta".
O ministro disse ainda que "é o caso de fazermos uma reunião de ministros de Economia, em vez de uma reunião de diretores regionais" e que, antes da reunião de Cingapura, "podemos ter um encontro prévio dos ministros dos países do Mercosul e dos países agregados. Isso porque o Brasil tem assento permanente".
Na reunião do Conselho Mercado Comum – órgão político máximo do Mercosul -, realizada hoje em Córdoba, na Argentina, o país defendeu que todos os países sócios do Mercosul tenham uma posição comum junto aos organismos multilaterais de crédito. A proposta foi formulada pela ministra de Economia, Felisa Miceli, aos ministros de Fazenda e aos presidentes dos bancos centrais do bloco regional.
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