Mercosul discutirá adesão da Venezuela e parlamento comum

A incorporação da Venezuela e a instalação do Parlamento do Mercosul até o final deste ano serão os dois principais temas da 27ª Reunião Plenária da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul que ocorrerá em Córdoba, na Argentina, a partir de amanhã. A reunião acontecerá paralelamente à reunião dos presidentes dos países integrantes do bloco econômico.

Na quinta-feira (20), o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) assume a presidência rotativa da comissão. Ele atualmente é o presidente da Representação Brasileira na comissão. Na sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume a presidência pro tempore do Mercosul, que muda a cada seis meses. O atual presidente do bloco é Nestor Kirchner – presidente da Argentina.

Adesão da Venezuela

A Venezuela já tem direito a voz nas reuniões dos órgãos ligados ao bloco, mas só terá direito a voto depois da ratificação do protocolo de adesão pelos parlamentos dos cinco estados-parte – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da própria Venezuela. O senador Sérgio Zambiasi acredita que a adesão do país ajudará a consolidar o principal bloco econômico da América do Sul.

Com o novo integrante, o Mercosul passará a ter um Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a US$ 1 trilhão, o que corresponde a três quartos de toda a economia sul-americana, além de um comércio global superior a US$ 300 bilhões. "Hoje ainda existe a visão de que o Mercosul interessa apenas ao sul do Brasil e aos países situados ao sul do continente. Com a entrada da Venezuela, desmistifica-se esse conceito de que se trata de um bloco econômico ligado apenas ao Cone Sul". Na opinião do senador, o ingresso da Venezuela pode representar mais um passo em direção à construção de um único bloco econômico na América do Sul, com a integração do Mercosul e do Bloco Andino – Bolívia, Colômbia, Equador e Peru – e de outros países, como o Chile.

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