A alta das previsões de inflação para este ano veio na esteira de uma puxada para cima das estimativas de reajuste dos preços administrados de 8,28% para 8,39%. A mudança ocorreu na mesma semana em que os preços do petróleo voltaram a bater recordes históricos no mercado internacional e o próprio ministro da Fazenda, Antonio Palocci, admitiu que a Petrobras trabalha com um sistema de preços que admite a possibilidade de defasagem em relação aos valores verificados fora do País. Analistas de mercado avaliam, entretanto, que um reajuste de até 10% dos combustíveis no Brasil não comprometeria a estimativa de alta para o ano feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O conservadorismo das apostas de mercado para a trajetória futura da política monetária não chegou a impedir que as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passassem dos 3,92% da semana passada para 3,97%. A alta deixou o porcentual projetado pelas instituições financeiras ouvidas pelo BC em um nível ainda mais próximo dos 4% de expansão econômica já estimados por alguns analistas de mercado. Apesar do aumento das projeções de crescimento do PIB, as previsões de superávit da balança comercial cresceram pela quarta semana consecutiva e passaram dos US$ 30 bilhões da semana passada para US$ 30,10 bilhões.
Para 2005, as projeções de IPCA continuaram estáveis em 5,50% pela sétima semana consecutiva. Apesar da estabilidade, o porcentual ainda é superior aos 4,5% do centro da meta de inflação do próximo ano. As estimativas de taxa de juros para o fim do próximo ano seguiram a mesma tendência e ficaram estáveis em 14,75% ao ano. Na semana passada, as previsões de juros haviam subido de 14,25% para os 14,75% mantidos na pesquisa divulgada na manhã de hoje. As previsões de crescimento do PIB também não se alteraram e continuaram na marca dos 3,50% pela décima quarta semana consecutiva.
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