A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão da administração federal, fez as contas e constatou que, entre janeiro e setembro, a exportação de bens industrializados produzidos no Brasil para a União Européia aumentou 29%, superando pela primeira vez em 20 anos o total embarcado para os Estados Unidos.
O avanço se deveu ao esforço pela conquista de mercados mais promissores em face da diminuição do ritmo de crescimento da economia norte-americana e à valorização do real frente ao dólar. Diante disso, a alternativa foi incrementar as vendas para clientes europeus, latino-americanos, árabes e africanos.
No período em questão, a venda de produtos industrializados brasileiros para a União Européia totalizou US$ 11,984 bilhões, valor situado um pouco acima dos US$ 11,859 bilhões negociados com os Estados Unidos. As vendas tiveram um decréscimo de 6% para os Estados Unidos, ao passo que avançaram 29% para o mercado comunitário europeu.
A explicação dos técnicos da Secex é que a União Européia passou a comprar mais que os Estados Unidos, numa tendência que deve se manter. Nesse particular, o exportador brasileiro saiu ganhando pelo fato de o real ter-se valorizado, no período, menos de 9% em relação ao euro e 30% em relação ao dólar norte-americano.
Dentre as exportações brasileiras à União Européia destacam-se automóveis, amortecedores, móveis para dormitórios e produtos têxteis (especialmente maiôs e biquínis), crescendo também a procura por aço, álcool e suco de laranja.
