As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores da economia brasileira em 2007 – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa básica de juros (Selic), câmbio e Produto Interno Bruto (PIB) – mantiveram-se estáveis na pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central (BC).
De acordo com os dados do estudo, os especialistas das 100 instituições financeiras consultadas acreditam que o IPCA, utilizado para balizar a meta de inflação do governo, vai terminar o ano em 4%. A estabilidade pôs fim a uma seqüência de três semanas de queda dessas projeções, que estavam em 4,10% há quatro semanas. Apesar disso, o porcentual projetado é inferior à meta central de 4,50%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)
No Top 5 – as cinco instituições que mais acertam suas apostas – as estimativas de IPCA para 2007 também não mudaram e prosseguiram em 3,80%, no cenário de médio prazo. Para janeiro, as previsões de IPCA continuaram em 0,40%, pela 14ª semana consecutiva. Para 2006, as apostas para o índice permaneceram em 3,11..
Selic
Para a Selic de janeiro, as apostas do mercado financeiro ficaram estáveis em 13% ao ano. O porcentual embute uma expectativa de que a taxa de juros seja reduzida em 0,25 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 23 e 24. Para o fim do ano, as estimativas de juros também não mudaram e prosseguiram em 11,75% ao ano. As previsões de taxa média de juros para 2007 continuaram em 12,31% ao ano pela segunda semana seguida.
Câmbio
As projeções para a taxa de câmbio no final deste mês permaneceram em R$ 2,15. Para o fim do ano, as estimativas de câmbio prosseguiram em R$ 2,25 pela sétima semana consecutiva.
PIB
Pela 18º semana seguida, o mercado financeiro acredita que a economia brasileira irá crescer 3,50% em 2007 e apresentar um PIB de 2,74% no fechamento de 2006, ante a previsão anterior de 2,76% para o ano passado. As estimativas de expansão da produção industrial em 2006 ficaram estáveis em 3,08%. Para este ano, as apostas de crescimento da produção industrial em 2007 também não mudaram e prosseguiram em 4%.
IGPs
Já para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), as projeções do mercado financeiro em 2007 caíram de 4,30% para 4,29%. A queda interrompeu uma seqüência de três semanas seguidas de estabilidade destas previsões, que estavam em 4,30% há quatro semanas.
As estimativas de alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano ficaram estáveis em 4 30%. Para 2006, as previsões de IGP-DI também não mudaram e prosseguiram em 3,89%.
De acordo com a pesquisa, os economistas esperam que a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2007 atinja 4%, contra 3,99% da semana anterior.
As estimativas de reajuste dos preços administrados em 2006 subiram, na pesquisa, de 4,20% para 4,22%. A alta interrompeu uma seqüência de duas semanas de estabilidade, que estavam em 4 10% há quatro semanas. Para 2007, as projeções de alta dos administrados prosseguiram em 4%.
As projeções do mercado financeiro para o superávit em conta corrente deste ano subiram de US$ 6 bilhões para US$ 6,60 bilhões. As estimativas de superávit da balança comercial em 2007, em contrapartida, caíram de US$ 38,05 bilhões para US$ 38 bilhões. Para 2006, as previsões de superávit em conta corrente não mudaram e prosseguiram estáveis em US$ 13 bilhões. As apostas de superávit da balança comercial no ano passado também não mudaram e continuaram em US$ 45 bilhões.