Rio de Janeiro (AE) – A população ocupada aumentou 3 3% em 2004, o que representou 2,7 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho. O índice, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE, só é menor do que os 3,8% registrados em 2002, o melhor desempenho desde o início dos anos 90. Em 2003, a taxa de ocupação já havia crescido 1,5%, eqüivalentes a 1,2 milhão de novos postos de trabalho. Apesar do crescimento de 8,4% acumulado nos últimos três anos, o nível de ocupação ainda permanece abaixo do patamar registrado na primeira metade da década de 90.
De acordos com as informações captadas pela PNAD, a taxa de ocupação para a população acima dos 10 anos ficou em 56,5% na média nacional, com destaque para a Região Sul, com índice de 62 8% de pessoas ocupadas, o melhor desempenho em todo o País. A menor taxa, de 54,5% foi registrada no Sudeste, impedindo que a média nacional fosse ainda melhor.
Mais uma vez, trabalhadores do sexo masculino ficaram com a maior fatia do bolo (68,2%), mas a diferença com a mão-de-obra feminina encurtou ainda mais. Em 2004, o nível de ocupação das mulheres chegou a 45,6%, a maior marca já registrada até hoje. Na Região Sul, taxa foi ainda maior: 52,8% das mulheres gaúchas estavam inseridas no mercado de trabalho.
Entre os cinco segmentos analisados pela PNAD, coube ao setor de serviços receber o maior contingentes de novos trabalhadores (40,5%), praticamente o dobro da população ocupada pelo setor agrícola (21,0%). Comércio, com taxa de ocupação de 17,3%, indústria, com 14,7 % e construção civil, com 6,3%, completam a relação.
Como conseqüência direta do maior número de pessoas no mercado de trabalho, a taxa de desemprego caiu de 9,7% em 2003 para 9,0% em 2004, enquanto o número de empregos com carteira assinada cresceu 6,6%, chegando a 11,6% na indústria de transformação, e a 12,7% no setor da construção civil. O contingente de pessoas com emprego formal no setor agrícola subiu de 30,0% em 2003 para 32,3% no ano passado, alcançando o nível mais alto desde o início da década de 90.
No somatório, o aumento no emprego formal teve reflexo imediato na arrecadação da Previdência Social. Entre 2003 e 2004 o sistema previdenciário oficial ganhou 2,4 milhões de novos contribuintes.
Os empregos públicos também estiveram em alta no ano passado e ao longo dos últimos 12 anos. Entre 1992 e 2004, a participação da parcela municipal na categoria dos militares e funcionários públicos estatutários subiu de 24,0% para 42,5%. No mesmo período, o números de servidores públicos estatutários nos Estados caiu de 53,5% para 42,1%. Na esfera federal, a redução foi de 22,5%, em 1992, para 15,4%, no ano passado.