Integrantes do mercado financeiro decidiram revisar para baixo suas estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para a taxa básica de juros da economia brasileira, Selic, no final de 2007. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta terça-feira (26) pelo Banco Central (BC), as previsões de IPCA – que serve de referência para a meta oficial de inflação do governo – caíram de 4,06% para 4% no ano que vem. Já as projeções para a Selic recuaram de 12% para 11,75%. Apesar da redução, as apostas de taxa média de juros para 2007 seguiram estáveis em 12,31% ao ano.
Nas instituições Top 5 – aquelas que mais acertam suas previsões -, as estimativas para o IPCA em 2007 passaram de 4% para 3,80% no cenário de médio prazo. Já as aposta para Selic, também no Top 5, para o fim do próximo ano prosseguiram em 11,25% no cenário de médio prazo.
Para 2006, as previsões de IPCA ficaram estáveis em 3,11%. A taxa estimada é menor do que a meta central de inflação de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No Top 5, as apostas de IPCA para este ano subiram de 2,96% para 3,12%. Mesmo com a alta, a projeção também continuou abaixo da meta central de inflação para 2006. Para janeiro de 2007 as estimativas de IPCA também não mudaram e prosseguiram em 0,40% pela décima semana seguida.
De acordo com a pesquisa, para janeiro de 2007 as estimativas de juros não foram alteradas e continuaram em 13% ao ano pela sétima semana consecutiva. O porcentual projetado embute uma expectativa de corte de juros de 0,25 ponto porcentual na primeira reunião do Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de 2007.