Empresas e instituições financeiras estão convictas de que a economia brasileira apresentará neste ano um resultado bastante superior ao verificado em 2003. Pesquisa divulgada hoje pelo Banco Central revela que executivos e analistas apostam que a economia crescerá 4,23% neste ano, puxada por uma expansão de 6,34% da produção industrial. O cenário das contas externas também é bastante positivo. O único elemento negativo do quadro continua sendo a inflação. Todas as projeções feitas pelo mercado incorporam altas maiores dos índices de preços nos próximos meses.

A forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro semestre referendou as expectativas otimistas em relação ao crescimento econômico de 2004. Até semana passada, o quadro desenhado pelas instituições consultadas semanalmente pelo BC indicava crescimento de 4% do PIB em 2004, seguido de expansão de 3,5% em 2005. Agora, a aposta média já é de crescimento de 4,23% neste ano, mantida a previsão de 3,5% no próximo ano. Boa parte da melhora na expectativa se deve a uma previsão bastante favorável para a produção da indústria. Os analistas acreditam que o setor poderá fechar o ano com expansão de 6,34%. Para 2005, o crescimento previsto do PIB industrial é de 4,10%.

O otimismo também se reflete nas projeções para as contas externas. O superávit estimado para as transações correntes do País com o exterior em 2004 é de US$ 8 bilhões, e de US$ 3 bilhões para 2005. As instituições consultadas pelo BC elevaram para US$ 31 bilhões o saldo projetado para a balança comercial deste ano. Para 2005, a previsão continua sendo de superávit de US$ 26 bilhões. Em termos de investimentos estrangeiros diretos (IED), a estimativa para 2004 continua em US$ 10 bilhões, mas a de 2005 subiu para US$ 13 bilhões.
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