Mercado de telefonia fixa aponta aumento de autorizadas

Apesar de ainda terem uma participação pequena no mercado de telefonia fixa local, as prestadoras autorizadas (antigas empresas espelho) apresentaram crescimento significativo nos últimos dois anos. O maior desempenho foi verificado na região da Telemar, onde elas dobraram de tamanho nesse período. Em 2003 as autorizadas detinham 3% do mercado em 16 Estados, do Rio de Janeiro ao Amazonas. E em março de 2006, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), essas empresas alcançaram 6,46% do mercado de telefonia local.

No Estado de São Paulo, onde a concessionária é a Telefônica, o porcentual de participação das empresas autorizadas subiu de 4%, em dezembro de 2003, para 5,36% em março deste ano. Na área da Brasil Telecom, que atende as regiões Sul, Centro-Oeste e parte da região Norte, também houve crescimento, passando de 5%, em 2003, para 6,9% em março de 2006.

Ao todo, são 60 autorizadas, entre elas a Vésper, que atua na região da Telemar e da Telefônica, e a GVT, que opera na área da Brasil Telecom. Atuam também como concessionárias a CTBC, no Triângulo Mineiro, e a Sercomtel, na região de Londrina, no Paraná. As empresas espelho foram criadas com o objetivo de forçar a competição no mercado de telefonia fixa, amplamente dominado pelas concessionárias, que são oriundas do sistema Telebrás.

A competição, no entanto, iniciada em 2000, ainda não rendeu os resultados esperados, já que as concessionárias continuam detendo mais de 93% do mercado. Numa tentativa de reduzir essa diferença, a Anatel está preparando para este ano o regulamento de Competição, com regras mais duras para as concessionárias e facilidades para as empresas entrantes.

O mercado da telefonia fixa está praticamente estagnado, nos últimos quatro anos. Em 2002, havia 38,8 milhões de telefones no País, crescendo para 39,2 milhões em 2003 e alcançando 39,6 milhões em 2004. De lá para cá, não houve aumento. Já na telefonia celular, o crescimento é vertiginoso. Segundo dados de julho de 2006, o número de celulares em todo o País ultrapassou os 93 milhões, enquanto que em 2002 eram apenas 34,9 milhões de aparelhos em funcionamento.

A competição no mercado de longa distância nacional (interurbanos) também modificou o mercado nos últimos cinco anos tornando a distribuição do tráfego mais equilibrada entre as grandes empresas. A Embratel perdeu uma fatia do mercado, caindo de 35,7% em 2000 para 25% em dezembro de 2005. Também houve queda na participação da Telefônica, de 29,4% para 24% nesse período. A Telemar, no entanto, cresceu de 13,79% em 2000 para 22% em 2005 e a Brasil Telecom subiu de 10,57% para 21% no mesmo período.

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