Mercadante propõe extinção da Febem

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, afirmou hoje, em entrevista à Rádio Eldorado, que a extinção da Febem é uma de suas propostas para a resolução do problema da segurança pública em São Paulo. "A Febem virou sinônimo de crise é preciso que ela seja extinguida progressivamente. No lugar dela teremos uma nova instituição, com pequenas unidades", propôs.

A defasagem na quantidade de agentes penitenciários em relação ao número de presos nas cadeias também é vista com um grande problema nos presídios. "É preciso reestabilizar a ordem, quebrando a cadeia de comunicação entre os presos, retomando o controle", afirmou.

Em sua gestão, os presos seriam separados em cadeias diferentes, divididas em quatro níveis, "de acordo com o tipo de crime e o número de reincidência". Além disso, o candidato do PT ressaltou a importância de "levar para o presídio trabalho e educação, para quando ele (o preso) sair da cadeia, ele tenha uma renda e de uma profissão".

Para desmontar a estrutura das facções criminosas em ação no Estado, Mercadante propôs uma força tarefa nacional e o estímulo à policia para a apreensão de armas. Além de "investir em penas alternativas" e impedir que as cadeias sirvam para espalhar o crime.

Em relação às especulações sobre sua atuação em um ministério, caso Lula seja reeleito, Mercadante afirmou: "Teria honra de ser ministro de Lula, mas vou ajudar o presidente como governador do Estado de São Paulo.

Críticas ao PSDB – Os 12 anos no comando do governo do Estado de São Paulo, os 8 anos de FHC no poder e a renúncia de José Serra para concorrer nas eleições deste ano, foram muito criticados por Mercadante. "Serra, abandonou a cidade, disse que cumpriria o mandato e não fez", afirmou.

O candidato chamou Serra para o debate, que até agora não teria explicado a saída da prefeitura de São Paulo aos paulistanos. "A situação da segurança publica, ensino, saúde publica, de tudo, leva a uma fadiga em relação ao PSDB", disse Mercadante.

Sobre a questão da violência, o candidato petista apontou números. "Em três meses, desde os primeiros ataques do PCC, tivemos 1741 homicídios, morreu mais gente em São Paulo do que em toda a guerra no Líbano", afirmou Mercadante.

A gestão da educação nos 12 anos do PSDB no governo do Estado foi também muito criticada pelo candidato. "A queda na qualidade do ensino é resultado do governo tucano, São Paulo ficou em oitavo lugar no ranking nacional", disse. "É inadmissível que o Estado mais rico fique em uma posição como essa", disse Mercadante.

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