?Em vez de procurar o atalho da elevação do limite de endividamento para terem mais dinheiro para investir, os Estados deveriam estudar as boas soluções de engenharia financeira já feitas, com a participação do BNDES e demais bancos de fomento, aprofundar o uso das Parcerias Públicas Privadas e outras fórmulas para atrair novos investimentos?.
Essa é a avaliação do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, diante do debate deflagrado anteontem pelo ministro Guido Mantega, da Fazenda.
Em entrevista ao "Estado", o senador aconselhou os governadores a ?aproveitar a atual onda de investimentos, sem cair na tentação de mexer na trajetória da responsabilidade fiscal que o País construiu?. Na opinião de Mercadante, o crescimento ?já contratado para este ano?, que ele calcula em torno de 4% do PIB o risco-Brasil em baixa e o contínuo decréscimo da relação dívida pública-PIB são instrumentos que podem ajudar mais os Estados. Ele lembrou também do fato de a economia brasileira estar a caminho da conquista da condição de ?investment grade? – uma certificação financeira internacional atestando que o Brasil é uma nação com baixa probabilidade de inadimplência. Essa segurança sempre é fonte de atração de investimentos.