Mensalidades escolares e alimentos pressionam inflação

A inflação de 0,82% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) até 22 de janeiro seria reduzida pela metade, não fosse o impacto dos aumentos nos preços das mensalidades escolares e alimentos in natura. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o IPC-S anunciado hoje teria subido 0,43%, e não 0,82%, se fossem excluídas essas duas influências, tidas como "passageiras" pelo técnico. "O que está pressionando mesmo o índice são essas influências sazonais. São pressões passageiras que já em fevereiro devem exercer pressão menor", afirmou.

De acordo com o economista, entre os dias 15 e 22 de janeiro, a alta dos preços dos alimentos in natura passou de 4,21% para 6 28%. Por sua vez, o reajuste nos preços dos cursos formais saltou de 1,98% para 3,29%. Braz informou que, no caso dos preços dos alimentos in natura, a alta foi provocada pela menor oferta dos produtos no mercado interno, devido às chuvas, que prejudicaram a produção e, por conseqüência, elevaram os preços.

Já no caso de cursos formais, o primeiro mês do ano é conhecido por ser de reajustes nas mensalidades escolares. Todos os principais cursos formais estão com os preços em aceleração. É o caso de ensino fundamental (de 2,49% para 3,75%); ensino médio (de 2,49% para 3,42%); ensino infantil (de 2,06% para 3,10%); ensino superior (de 1,49% para 3%) e creche (de 1,69% para 5 33%).

O IPC-S teria subido mais, não fosse a influência benéfica da queda nos preços de Vestuário (-0,71%) e a desaceleração nos preços de Transporte (de 1,98% para 1,30%), que ajudaram a "segurar" a alta do indicador, de acordo com Braz.

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