Na primeira fila da solenidade sobre o Dia do Meio Ambiente, uma figura chamava a atenção: o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), acusado ter se beneficiado do esquema do mensalão, assistia tranqüilamente a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a criação de novas áreas de proteção ambiental no Norte do País.

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O petista renunciou ao mandato em outubro de 2005 para escapar do processo de cassação por suspeita de envolvimento no caso. O publicitário Marcos Valério afirma que repassou a ele R$ 920 mil. A CPI, por sua vez, achou documentos que comprovam o saque de R$ 420 mil, feito por uma assessora.

Mesmo após a renúncia, no entanto, Rocha é visto assiduamente nos corredores do Palácio do Planalto. O ex-parlamentar foi o único do PT a ceder aos apelos do governo e renunciar. Ontem, defendeu sua presença na cerimônia e disse que não tem nenhum constrangimento.

"Sou dirigente do partido no Pará. O PT do Pará tem importância. Esse movimento é uma luta da nossa terra", afirmou, referindo-se à criação de mais unidades de conservação ambiental na região. Rocha é candidato a deputado federal novamente.

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