Mensalão estimula novas candidaturas na Câmara

A Câmara terá um dos índices mais altos de renovação nas eleições de outubro próximo. A previsão é de Antonio Augusto de Queiroz, presidente do Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar (Diap), ao estimar que quase metade dos 513 deputados será de novatos

De acordo com o Diap, a renovação ficará na média histórica por causa dos escândalos que atingiram um grande número de parlamentares e acabaram desgastando o Congresso, como o mensalão e a máfia dos sanguessugas

"Se não fosse essa crise política, a renovação seria pequena, porque os atuais parlamentares têm vantagens em relação aos que entram na disputa", afirmou Queiroz

"Os atuais parlamentares têm nome conhecido, cabos eleitorais, financiamento de campanha, estrutura de gabinete, visibilidade, acesso aos veículos de comunicação da Casa. Em um cenário como esse levaria à baixa renovação. Mas ela será alta porque a imagem do Congresso está muito desgastada", explicou

Queiroz estima que as vantagens comparativas acumuladas pelos parlamentares com mandato, como dinheiro para contratar auxiliares, ainda vão aliviar o número total de baixas. Ou seja, sem regalias, a renovação seria maior.

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