Em novo depoimento à Justiça, o adolescente de 16 anos acusado de participação no assassinato do menino João Hélio Fernandes, de seis, arrastado por sete quilômetros preso ao cinto de segurança, disse que mentiu ao assumir o crime com o objetivo de favorecer o irmão, Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23, também acusado. Nesta segunda-feira (12), ele afirmou que estava em uma festa quando João Hélio foi morto. Também disse que foi ameaçado de morte por traficantes para, no último depoimento à Justiça, encobrir a participação do irmão, denunciado sob as acusações de latrocínio e formação de quadrilha armada.
Além do adolescente, a juíza Adriana Angeli de Araújo, 2.ª Vara da Infância e da Juventude, ouviu três testemunhas do crime. Duas afirmaram ter visto o menor no banco traseiro do carro roubado em que João Hélio foi arrastado. A terceira, o morador de uma casa que fica na frente do local onde o carro foi abandonado, não reconheceu o adolescente.
A sentença dele, que está internado provisoriamente, pode sair ainda nesta segunda-feira, quando a juíza pretende ouvir mais duas testemunhas de acusação e duas de defesa. "Ele já alterou a versão várias vezes, e tudo isso será considerado. Cabe a mim valorar a prova, decidir em que depoimento vou acreditar mais", disse ela. O prazo para julgamento do adolescente termina no dia 22. A pena máxima prevista por lei é de internação por três anos.