Meningite deixa 18 índios mortos no Pará desde janeiro

Os caciques da tribo mundurucus em Jacareacanga, no oeste do Pará, denunciam que desde janeiro deste ano 18 índios, a maioria crianças, morreram de meningite. Eles acusam suposto descaso dos órgãos que tratam da saúde indígena no município – a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Fundação Esperança. O número de mortes poderá aumentar, segundo o vice-prefeito do município, o índio José Xicri, se nenhuma providência for tomada. "Além da Funasa e da Fundação Esperança, que nada fazem para tratar os doentes, a Funai (Fundação Nacional do Índio) também é culpada, porque deixa as coisas como estão", atacou Xicri.

Para ele, o caso é de polícia e os responsáveis pelas mortes deveriam ir "parar na cadeia". O cacique explicou que faltam medicamentos nas aldeias para tantos doentes. "Tivemos várias reuniões com esse pessoal do governo, mas não fizeram nada", acusa. A direção da Funasa promete tomar providências para apurar a denúncia, mas nega que os índios estejam sem medicamentos. O novo presidente da Funai, o paraense Márcio Meira, também foi informado sobre a situação dos índios. Ele pediu explicações aos responsáveis pelo setor em Jacareacanga.

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