O cultivo da cana para a produção de etanol é a nova menina dos olhos do agronegócio brasileiro, sobretudo com o aumento da demanda global pelos chamados combustíveis limpos.

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Numa perspectiva de cinco anos, o setor sucroalcooleiro estima receber um volume de novos investimentos de R$ 19 bilhões, para a implantação de 86 novas unidades produtoras.

A participação estatal no processo será bastante decisiva para o avanço da atividade, tendo em vista que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aplicará, no período citado, cerca de R$ 10 bilhões.

Quando se tornarem realidade, os projetos em estudo serão responsáveis pela abertura de 400 mil postos de trabalho, além de expandir em 114% a produção de álcool em 2012, conforme cálculos da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).

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A principal alavanca desse crescimento está no mercado interno, diante da estimativa do avanço da produção de carros flex.

Caso as barreiras alfandegárias impostas pelo governo norte-americano ao álcool brasileiro forem suavizadas, a procura por financiamentos será ainda mais ampla. Dado ilustrativo do tamanho da eventual demanda de etanol nos Estados Unidos, com a aprovação da ventilada mistura de 20% de álcool à gasolina, indica a necessidade de 700 usinas e a exportação de 70 bilhões de litros anuais para o referido mercado.

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