O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, lamentou nesta segunda-feira (16) o fato de que as investigações a respeito da tentativa de compra, por representantes do PT, de um dossiê contra os tucanos não sejam finalizadas até o dia 29 de outubro. Ele ressaltou, no entanto, que não se deve subestimar o conhecimento do eleitor. "O desejável seria termos tudo esclarecido antes do dia 29 de outubro, mas não será possível, considerando a tramitação do processo", afirmou. "Agora, não subestimemos o eleitor. Ele está a perceber a quadra vivida. A palavra está com o eleitor. O eleitor dirá o que pretende em relação aos governos estaduais e ao governo federal nos próximos quatro anos. Vamos aguardar 29 de outubro", acrescentou.
Sobre o debate entre os candidatos à Presidência da República exibido pela rede Bandeirantes no último dia 8 de outubro, o ministro afirmou que preferia que tivesse sido mantido num nível "elogiável", mas que a disputa política favorece o surgimento de "paixões condenáveis". "Claro que o desejável seria a manutenção no debate num patamar elevado, mas quando há uma disputa, vingam as paixões, e às vezes as paixões condenáveis", considerou.
O ministro não opinou sobre os panfletos distribuídos no interior de Pernambuco durante o primeiro turno das eleições, nos quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecia com o número 45, número do candidato Geraldo Alckmin (PSDB). "Não tenho conhecimento do fato concreto e fica muito difícil me pronunciar sobre ele. Vamos aguardar a representação no próprio TSE. Precisamos aguardar a conclusão do colegiado", finalizou.
Mello participou do I Congresso de Direito da Sociedade da Informação, realizado pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), nesta manhã, na capital paulista.