Melhora a situação financeira das grandes indústrias

Dados de 112 grandes empresas industriais de capital aberto analisados pelo
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostram que a
situação financeira do conjunto delas melhorou no ano passado. Segundo o estudo
"Endividamento e Resultado das Empresas Industriais em 2004", a rentabilidade
desse grupo de empresas aumentar "expressivamente", enquanto ocorria
"significativa" redução da dívida.

O lucro líquido do grupo em questão
aumentou 33,1% em 2004. Esse crescimento foi bem maior que o da inflação do ano
passado. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) ficou em 7,6% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) foi de
12,4%.

A média do endividamento considerando o capital de terceiros
(fornecedores, bancos, etc) em relação ao capital próprio da empresa caiu de
1,70 em 2003 para 1,34 em 2004. Tirando os dados da Petrobras, que tem
características de endividamento bem melhores que a média, essa redução foi de
1,72 para 1,37.

Para o diretor executivo do Iedi, Júlio Gomes de Almeida
os bons resultados se devem ao aumento do volume e dos preços das exportações
assim como ao crescimento da demanda interna. Ele avalia que este ano será bom
para o setor industrial, mas não tanto quanto 2004. "Não vejo como repetir os
resultados do ano passado, em que as indústrias lucraram mais que os bancos",
disse Almeida.

Ele destacou que a redução do endividamento das empresas
industriais e significam que as empresas ganharam capacidade para
investir.

Também contribui para isso a melhor qualidade da dívida,
ressaltou Almeida. Os empréstimos de curto prazo diminuíram de 33% para 28% da
dívida total de 2003 para 2004. Fora os dados da Petrobras, essas proporções
são, de respectivamente 39% para 34%.

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