Oliver Kahn, do Bayern de Munique, o "Titã" para os alemães, único goleiro a ser escolhido oficialmente o melhor jogador de uma Copa do Mundo (2002), não é mais o titular da seleção alemã. Nesta sexta-feira, o técnico Jürgen Klinsmann – com seu auxiliar Joachin Löw e o treinador de goleiros Andreas Köpke – anunciou que Khan dá o lugar a seu reserva por seis anos, Jens Lehman, atualmente no Arsenal, de Londres.
Em comunicado oficial, Klinsmann diz ter sido essa "a tarefa mais difícil" de sua carreira como técnico da seleção. Andreas Köpke deu uma boa pista das razões pelas quais Klinsmann tomou essa decisão: "Entre os dois, as diferenças de qualidade são mínimas. O que pesou a favor de Lehmann foi sua facilidade para se adaptar à filosofia de jogo do treinador".
Na verdade, enquanto Kahn é espetacular debaixo das traves e faz defesas milagrosas, Lehman é um goleiro mais discreto e que sabe sair melhor do gol. Assim, o novo titular tem mais condições para ser o goleiro-líbero que o esquema mais ofensivo – que se expõe mais a contra-ataques – da seleção de Klinsmann requer.
O reinado de Kahn começou a ruir em 2004, quando Klinsmann assumiu a seleção. Ele iniciou o rodízio de goleiros, do qual, participava também Timo Hildebrand, uma aposta para o futuro. E, de acordo com o treinador, a decisão de efetivar Lehman foi tomada com base "na evolução dos goleiros nestes últimos 22 meses".
Ehman comemorou dizendo saber como Kahn se sente sendo reserva. Este, por sua vez, se disse "surpreso e frustrado", admitindo até abandonar a seleção.