O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, qualificou de "emocional" a crítica do candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, que o acusou de covarde na condução da política monetária. Durante uma sessão conjunta de seis comissões do Congresso, o presidente do BC insistiu que a definição da taxa básica de juros, a Selic, responde à "missão" do Banco Central de manter a inflação sob controle para garantir o crescimento econômico sustentável em longo prazo. "A questão da taxa de juros não demanda grandes emoções, covardia ou valentia", rebateu Meirelles.

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Ontem, em São Paulo, Alckmin afirmou que não concordava com a estratégia traçada pelo "presidente do Banco Central", que havia reconhecido ter errado "na dose" – aumento sucessivo da Selic ao longo de 2005 e tímidas reduções registradas neste ano. Em entrevista à rádio CBN, o ex-governador disparou que essa atitude fora "covarde" e qualificou como uma "burrice" a opção do governo de saldar um passivo mais barato – com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2005 – e por elevar a dívida interna. Essa política, arrematou Alckmin na entrevista, comprometeu o crescimento econômico do País.

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