Meirelles destaca aumento do estoque de investimentos diretos no interior

Rio – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou hoje (29) o aumento do estoque de investimentos diretos brasileiros no exterior, que passou de cerca de US$ 50 bilhões, em 2001, para US$ 71,6 bilhões até setembro de 2005, revelando um ganho de cerca de 44%.

A ida cada vez maior das empresas brasileiras ao exterior para ganhar mercado mostra, segundo Meirelles, que são companhias "que se globalizam e vão explorar e tirar vantagens de determinadas peculiaridades de determinados mercados, aproveitando as vantagens comparativas das diversas regiões, além da questão das barreiras tarifárias, que também deve ser levada em conta". Ele definiu como normal e saudável o movimento crescente de inserção das empresas brasileiras no exterior.

Ao participar do seminário "As Novas Multinacionais Brasileiras", promovido pela Fundação Getúlio Vargas, sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Meirelles afirmou que, para que "um país consiga se posicionar em um mercado bem sucedido dentro da competição global", ele precisa "aceitar o inevitável".

O presidente do Banco Central lembrou que a inserção de multinacionais brasileiras no mercado globalizado também gera país vantagens importantes para o país, na medida em que essas companhias reverterão lucro, dividendos, royalties para o Brasil, "ajudando a equilibrar a longo prazo o balanço de pagamentos do país".

De acordo com Meirelles, pelas projeções do governo, este ano, o país está crescendo a uma taxa de 4% no ano, que é bem superior à média da história. "Mesmo se tomarmos a média de 2004, 2005 e 2006, a média já é 3,7%, o dobro da média a que crescíamos no passado recente". A participação crescente das companhias brasileiras no mercado internacional é um movimento importante, que reflete a solidez e a capacidade competitiva da economia brasileira, afirmou.

Segundo Meirelles, o número de multinacionais brasileiras no exterior tem aumentado nos últimos anos, mas não ainda é grande. Para ele, o Brasil está no início desse movimento. "Os valores são expressivos, o número de companhias é crescente, mas uma base ainda pequena".

Meirelles disse que é bom, inclusive, que seja assim. "É bom que esses movimentos sejam feitos com muita segurança e capacidade. Empresas, para fazer um movimento desses, têm que ter estrutura global, têm que ter estrutura de análise, estrutura competitiva. É muito importante que não seja um movimento precipitado. Portanto, eu vejo isso como algo positivo".

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