O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a reafirmar há pouco a necessidade de que a queda dos juros e o crescimento econômico estejam baseados em fundamentos sólidos e consistentes, e não em artificialismos e voluntarismo. No momento em que os investidores ainda digerem a mudança na equipe econômica, com a escolha de Guido Mantega para a Fazenda, Meirelles disse para uma platéia de investidores que o Brasil pode ter um crescimento econômico superior a 4% ao ano desde que faça "todo o dever de casa". "Poderia ser maior e temos certeza que será maior, mas para isso é preciso fazer todo o dever de casa", afirmou.
Entre o trabalho a ser feito, ele incluiu a necessidade de estabilização da economia, da eliminação de fatores de crise e a criação de condições para a atração de investimentos que impulsionará a economia.
"Não serão euforias de curto prazo com incertezas amanhã que gerarão possibilidades de crescimento. É muito importante que frisemos essa questão da consistência e da solidez das questões de crescimento", afirmou Meirelles. Em outro trecho de sua exposição, o presidente do BC voltou a repetir que "medidas voluntaristas e artificiais geram apenas mais inflação e instabilidade econômica".
