Meireles acredita que política monetária estimulou o crescimento econômico

São Paulo – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (4) que a política monetária bem sucedida levou o Brasil conquistar o crescimento sustentado da economia. A estabilidade de preços e o ambiente de previsibilidade, na opinião dele, deram ao país mais credibilidade no mercado externo e isso está permitindo o avanço dos investimentos.

?Com a inflação convergindo para a meta, estamos diminuindo as incertezas e é importante que a sociedade tenha segurança de que o Banco Central tomará as medidas necessárias, sempre que preciso, para manter a estabilidade?, defendeu, durante palestra a executivos no CEO Fórum 2006, organizado pela Câmara Americana de Comércio.

Ao comentar notícias sobre a retração da economia norte-americana, Meirelles disse que o Conselho Monetário Nacional (CMN) acompanha com atenção o desempenho daquele mercado, pois a redução no movimento imobiliário e o déficit em conta corrente são fatores levados em conta na hora de se definir a taxa básica de juros (Selic), atualmente, em 14,75%. ?Estamos preparados para tomar medidas no sentido de garantir que o Banco Central do Brasil continue cumprindo sua missão  fundamental, que é uma inflação na meta?, salientou. A previsão para a inflação neste ano é de 4,5%.

Sobre a política cambial, ele reiterou que o sistema de câmbio flutuante será mantido. E reagiu às previsões do setor exportador de que haveria uma drástica queda no comércio exterior com o dólar abaixo de R$ 3 ? e que acabaram não confirmadas. ?É importante que tenhamos um sistema de câmbio eficaz para não permitir desequilíbrio?, assinalou, mas reconheceu a necessidade de medidas de estímulo, como a desburocratização das operações, melhoria da infra-estrutura e outras ações para reduzir os custos e aumentar a competitividade das empresas.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que falou em seguida, revelou que cerca de mil empresas de pequeno porte deixaram de exportar no ano passado, por causa da variação em queda do dólar. E que no primeiro semestre deste ano, o número subiu para 1.100. ?São empresas que passaram a não ter lucro e não têm estrutura para resistir a uma situação como essa por um período mais longo?.

Na avaliação de Furlan, a saída para trazer esses pequenos exportadores de volta é a redução dos custos que passam por desoneração fiscal e ?não pelo aumento da receita turbinada por uma taxa de câmbio?.

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