A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que vai destinar R$ 2 milhões até o final do ano para desenvolver o Plano Nacional de Respostas a Emergências Ambientais.

O plano foi desenvolvido após o acidente em Cataguazes (MG), em março de 2003, em que o rompimento de uma barragem de resíduos contendo substâncias químicas contaminou os rios Pomba e Paraíba do Sul, deixando várias cidades de Minas Gerais e do Rio de Janeiro sem acesso à água. Na ocasião, o ministério constatou a falta de uma estrutura de atendimento a emergências ambientais.

?A idéia foi estruturar um sistema que seja capaz de prevenir e de dar as respostas, quando não é possível evitar os acidentes com substâncias químicas perigosas. Quando você tem o sistema integrado, você sabe quem acionar, quando acionar, quando acontece uma situação de risco?, afirmou Marina Silva, depois de debater o assunto com os ministros Ciro Gomes, da Integração Nacional, Humberto Costa, da Saúde, Alfredo Nascimento, dos Transportes, Dilma Roussef, das Minas e Energia, e Ricardo Berzoini, do Trabalho e Emprego.

Para elaborar o plano, o ministério consultou, entre novembro de 2003 e janeiro de 2004, órgãos estaduais e o Ibama para conhecer as condições atuais de atendimento a emergências.

O dinheiro disponibilizado pelo ministério poderá ser utilizado pelos quatro estados que apresentarem até o dia 12 de novembro os melhores mapeamentos das área de risco ambiental das respectivas regiões.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, o país deve ficar alerta quanto ao uso de quatro produtos químicos. ?Destaco quatro produtos que estamos tratando de maneira mais intensiva: a questão do benzeno, do mercúrio, do amianto, e do percloro-etileno?, afirmou.

A indústria química brasileira é a 9ª maior do mundo e o país é o quarto consumidor mundial de agrotóxicos.
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