Meio Ambiente inicia construção de nove aterros sanitários na região oeste

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo Cheida e o presidente da Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Darcy Deitos, assinaram nos últimos dias 26 e 27 ordem de serviço para construção de oito aterros sanitários nos municípios de Saudade do Iguaçu, Renascença, Ramilândia, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Moreira Sales, Nova Londrina. Na noite desta terça, será assinada a ordem de serviço em Cornélio Procópio.

?A eliminação dos lixões foi uma meta assumida e levada a sério e que pode mudar consideravelmente o perfil epidemiológico do Paraná. A saúde é um bem tão precioso que a prevenção vale muito mais do que a cura?, disse Cheida, que também é médico, após mencionar inúmeras doenças que podem ser geradas com a disposição inadequada do lixo urbano.

As obras receberam investimentos de R$ 400 mil e já terão início na próxima segunda-feira (30) com prazo para serem concluídas até o final do mês de fevereiro. Na próxima semana, outros 13 municípios assinarão ordens de serviço para construção de aterros, totalizando aproximadamente R$ 1 milhão em investimentos. ?Em apenas um mês, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos dará ordem de serviço para construção de 22 aterros sanitários?, informou Cheida.

De acordo com Darcy Deitos, para construção dos aterros os municípios entram com uma contrapartida de 25% – que significa a área para instalação do aterro – devidamente licenciada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), e o Estado entra com os demais 75%, financiados a fundo perdido.

A ação faz parte do Programa Desperdício Zero, que tem como meta o fim dos lixões a céu aberto existentes e reduzir em 30% o volume de lixo produzido no Paraná, que é de 20 mil toneladas dia.

Coleta seletiva

Além da entrega da ordem de serviço para construção dos aterros, Cheida e o coordenador do Programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, estão orientando as prefeituras a implantarem a coleta seletiva nos municípios aumentando a vida útil dos aterros em 85%. ?A coleta seletiva faz com que se leve ao aterro apenas 15% do lixo gerado diariamente pela população, triplicando a vida útil de um aterro e sem a necessidade de ampliações futuras?, disse Cheida.

As prefeituras estão recebendo um ?kit resíduos?, composto por 13 apostilas com informações sobre os diferentes tipos de resíduos como pilhas e baterias, embalagens de agrotóxicos, papel, vidros, plástico, metal, resíduos de saúde, da construção civil, entre outros.

?As apostilas informam o que é cada material, as determinações da legislação para destinação adequada de cada material e como fazer o reaproveitamento e a reciclagem. Outro fator muito importante incluído no material é a comercialização destes resíduos que muitas vezes são matérias primas para grandes indústrias e podem trazer renda para os municípios?, explicou Dudas. Também serão promovidas capacitações voltadas a alunos e professores dos municípios que receberão aterros sanitários para implantação da coleta seletiva.

O diretor de Saneamento Ambiental da Suderhsa, Jorge Augusto Callado, disse que a coleta seletiva é imprescindível para que os investimentos repassados para os aterros atinjam o seu objetivo.

?Em Pontal do Paraná, por exemplo, onde não há a coleta seletiva ? que no momento está sendo feita pelo IAP e Suderhsa – o governo está investindo um alto valor para ampliar a área e vida útil do aterro. Isso porque, durante a temporada de verão, quando outros municípios acabam depositando seus resíduos no local e devido ao volume de lixo triplicar o aterro acaba virando um lixão novamente em pouco tempo?, exemplificou Callado.

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