O Litoral do Paraná amanheceu nesta quarta-feira (06) sob uma megaoperação conjunta entre a Polícia Civil e Militar contra o tráfico de drogas. Duzentos policias estão nas ruas para cumprir quase 100 mandados judiais. São 45 ordens judicias de prisão e 44 de busca e apreensão. Mais de 10 diferentes quadrilhas que atuam nas cidades do Litoral do Paraná são alvos da “Operação Tellure”. Uma das pessoas que tinha mandado acabou morrendo em confronto com a polícia.
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Onze dos mandados de prisão são contra criminosos já presos e que comandavam o tráfico de dentro das prisões, usando para isso os próprios familiares. A investigação conduzida pela 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá aponta para a participação de integrantes de uma facção que age dentro e fora dos presídios que exerce o comando do tráfico de drogas nos municípios do litoral paranaense. A investigação, que durou oito meses, teve início após um trabalho conjunto de inteligência da Subdivisão e do 9 Batalhão da PM que identificou a ação de traficantes.
“Temos certeza que com essa operação, além da repressão ao tráfico de drogas, também estaremos reprimindo e interrompendo essa quantidade enorme de homicídios que acontecem na cidade. Muita droga foi apreendida no cumprimento dos mandados”, disse o delegado Nilson dos Santos Diniz, da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá.
Segundo a Polícia Civil, quinze mulheres foram presas. Uma delas, inclusive, assumiu o ponto de venda de drogas após a prisão de seu companheiro.
A polícia investiga e suspeita ainda que comercialização de entorpecentes não é a única atividade das quadrilhas investigadas na cidade de Paranaguá. A polícia tem indícios que estas organizações criminosas tenham envolvimento em outros crimes, como contrabando de cigarros, de armas e até assassinatos nos municípios do litoral paranaense.
Operação Tellure
O nome escolhido para a operação tem ligação direta com o local onde ocorreu a ação. O nome é derivado do latim “tellur” que significa terra, numa referência à cidade de Paranaguá.
A operação contou com policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Tático Integrado Grupos de Repressão Especial (Tigre), unidades de elite da Polícia Civil, da Divisão de Narcóticos (Denarc) e também militares do 9 Batalhão da Polícia Militar, do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e da RONE (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) – ambas de elite da PM.
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