Depois de três palestras que fizeram com que o público abrisse os horizontes para empreender, o Meeting de Empreendedorismo realizado nesta quarta-feira (30), recebeu, em Curitiba, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
Com uma palestra bem aquecida, principalmente pelos ânimos por conta da situação do país, o procurador da República falou sobre Ética nos Negócios em um Mundo Sob Pressão, mas misturou muito de seu discurso com o que vem fazendo a Lava Jato, contando um pouco do histórico da operação.
Segundo Deltan, as ações desempenhadas pela força-tarefa são semelhante aos trabalhos que devem ser feitos por empreendedores, dos menores aos maiores. “Assim como na Lava Jato, que fez com que nós olhássemos e tivéssemos um diagnóstico do que estava acontecendo no Brasil, as pessoas precisam também ter um diagnóstico do que acontece em suas empresas”, disse.
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Ainda de acordo com a avaliação de Dallagnol, as pessoas precisam assumir o protagonismo de seus negócios sim, mas de forma séria. “Não pode se acostumar com o que está errado, nem se acomodar. As pessoas precisam tirar a bunda da cadeira, assumir o protagonismo e arregaçar as mangas para fazer um país melhor”.
Com a força-tarefa da Lava Lato, a política de modo geral passou a ser ainda mais incrédula no país como um todo. Apesar disso, o procurador defendeu que as pessoas precisam ficar alertas, mas não desistir. “Não podemos demonizar a política dizendo que nenhum político presta, pois isso faz com que não haja renovação com gente que quer fazer a diferença”.
Votação do STF
Durante sua palestra, que tratou também sobre um pouco dos bastidores da força-tarefa e um breve histórico de sua carreira, Dallagnol se posicionou sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode mudar o entendimento de prisão em segunda instância. Dallagnol disse que o que se pretende é aprovar a prisão de réus após condenação em quarta instância e que isso faria com que os crimes prescrevessem.
“Já atuei em casos que prescreveram antes desse prazo, em terceira instância. Agora querem aprovar a prisão só depois da quarta”, explicou Dallagnol, defendendo que o resultado de uma votação como essa vai favorecer os mais ricos.
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