Medidas de impacto

O resultado da inapetência da economia brasileira no primeiro trimestre do ano, a cada instante, exibe uma nova faceta de sua carga negativa. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entidade vinculada ao Ministério do Planejamento e Coordenação, anunciou a redução da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, de 3,5% para 2,8%.

Os investimentos produtivos sofreram drástica redução no período, de 8,3% para 4,8%, situação considerada decepcionante pela instituição de pesquisa econômica do governo federal, tornando obrigatória a redução do cálculo.

A queda foi causada pelas dificuldades do setor agropecuário e da construção civil. A estiagem na região Sul restringiu a previsão de compras de máquinas e implementos agrícolas, e a construção civil teve desempenho sofrível face aos estoques remanescentes do ano passado.

Dessa forma, o Ipea passou a trabalhar com um índice de crescimento do PIB bem mais modesto que o inicial, baseado no encolhimento da perspectiva de investimentos.

Na projeção da inflação para este ano, o Ipea viu-se induzido a rever seus cálculos para cima, passando de 5,4% para 6,3%.

A implantação segura de projetos de crescimento sustentado, uma saída que o governo busca com insistência, entrementes, depende de medidas de impacto nas políticas monetária e fiscal, pontos ainda bastante críticos na estratégia gerencial do Palácio do Planalto.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo