Medida extrema

O ofício do governador fluminense Sérgio Cabral Filho, solicitando tropas federais para ajudar na prevenção da incontida violência urbana na cidade do Rio de Janeiro e em outras regiões do estado, está em poder do presidente da República.

Na sua visita de ontem à cidade maravilhosa, que em breve será palco dos Jogos Pan-Americanos e, por esse motivo, espera receber milhares de visitantes, Lula informou que no dia de hoje o governo anunciará a forma de atuação das Forças Armadas, em atendimento à solicitação do governador.

A decisão do presidente Lula contrariou posição anterior de seu ministro da Justiça, Tarso Genro, para quem as atribuições do Exército, Marinha e Aeronáutica não se coadunam com as carências elencadas pelo governador, mesmo diante das proporções descabidas com que o crime organizado atua nas maiores cidades do País.

Lula teve o cuidado de assegurar que a ação das Forças Armadas se dará em apoio ao aparato policial do estado (Polícias Civil e Militar), desautorizando a predisposição dos afoitos identificarem na medida extrema qualquer indício de intervenção federal no estado.

O gesto de Cabral em solicitar a presença de tropas federais no Rio e em outras cidades fluminenses se deveu ao atentado que vitimou um PM integrante da equipe encarregada da segurança pessoal do governador e seus familiares. Algo precisa ser feito com celeridade, antes que a desordem absoluta se instale.

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