O secretário do Trabalho e Promoção Social, padre Roque, anunciou medida para salvar da extinção o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Cedca-PR), prorrogando, por decreto, o mandato de doze conselheiros que integram o órgão paritário composto por representantes governamentais e da sociedade civil.
Durante a tumultuada reunião na sede da Secretaria do Trabalho, foi questionada a legitimidade da assembléia tendo em vista a reinvestidura biônica no cargo dos conselheiros com mandato encerrado. A promotora Marcela Rodrigues caracterizou a situação do Cedca como sui generis, embora houvesse questionado a legitimidade do conselho nos primeiros meses do ano, quando, numa situação inversa, não tinha em sua composição os atuais conselheiros governamentais indicados pelo governo.
Na presidência do Cedca, padre Roque elogiou o desempenho da câmara que gerencia o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), com recursos que beiram a R$20 milhões e que são distribuídos conforme critérios estabelecidos pelos conselheiros e suas entidades.
Padre Roque manifestou sua irritação com o questionamento sobre a legitimidade ou não da assembléia de ontem e das próximas que vão ocorrer até o fim do ano. “Não queremos oposição, queremos uma posição construtiva”, disse, sugerindo a solução biônica para os conselheiros com mandato vencido, enquanto não sejam realizadas as eleições para legitimar o funcionamento do conselho paritário (conselheiros governamentais e não-governamentais).