Médicos voluntários partem para mais uma expedição na Amazônia

Campinas (AE) – Um grupo de médicos de Campinas (SP) embarcou hoje (28) para a Bacia do Rio Negro, na Amazônia, onde permanecerá as próximas duas semanas prestando gratuitamente assistência médica e cirúrgica às comunidades das regiões de Pari Cachoeira e Santa Isabel. São os Expedicionários da Saúde, organização social de interesse público criada em 2003 com o objetivo de organizar uma equipe médica multidisciplinar permanente para o trabalho continuado de assistência.

Esta será a sétima expedição do grupo que, nessa missão, leva 16 pessoas, entre elas três médicos oftalmologistas, dois cirurgiões gerais, dois ortopedistas, dois anestesistas, um cirurgião pediátrico e uma dermatologista. Acompanham o grupo um documentarista,um coordenador executivo e dois engenheiros, que auxiliarão a missão a implantar uma nova estratégia para a continuidade do projeto.

Nessa nova missão, os Expedicionários da Saúde vão utilizar pela primeira vez uma tenda cirúrgica piloto, barraca em formato semi-circular, com estrutura auto-sustentada que possui forração especial, que impede a entrada da insetos e de água, e permite a instalação de sistemas de eletricidade e de ar-condicionado. "Essa tenda cirúrgica nos permitirá levar o atendimento cirúrgico até as comunidades ribeirinhas distantes dos pólos pré-estabelecidos em expedições anteriores", explica o médico Ricardo Affonso Ferreira, idealizador dos Expedicionários da Saúde.

O trabalho voluntário do grupo tem apoio do Comando Militar da Amazônia, que garante o transporte da equipe desde Manaus até o local de atendimento em aviões da FAB, bem como de organizações não governamentais da região. As expedições são financiadas por empresas como Gol, Unimed Campinas, Positron e Kimberly-Clark e recebem equipamentos e materiais doados pelo Centro Médico de Campinas, Eaton, Campneus, Globalstar, Alcon e Johnson & Johnson.

Desde sua criação, os Expedicionários da Saúde já atenderam mais de 18 etnias indígenas como tucanos, hupdas, piratapuias, dessanos e yanomamis. De acordo com Affonso Ferreira, já foram realizados mais de 600 atendimentos e 300 cirurgias oftalmológicas, ortopédicas e de hérnias, entre outras.

Depois de duas semanas prestando assistência médica, a equipe permanece mais uma semana na Amazônia, pesquisando novas áreas para as próximas expedições.

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