Uma manifestação reuniu 500 médicos residentes em greve nesta quarta-feira (8) em frente ao prédio da Secretária Estadual da Saúde de São Paulo, no bairro Cerqueira Cesar, região central. Eles pediam uma audiência com o secretário da Saúde do Estado, Luiz Roberto Barradas Barata, que se recusou a atendê-los. A categoria, que começou nesta quarta-feira a paralisação, reivindica reajuste de 53,7% no valor da bolsa-auxílio, atualmente de R$ 1.474 para uma jornada de 60 horas semanais.

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Em outros 12 Estados e no Distrito Federal, a greve começou há uma semana. Em São Paulo, a categoria luta contra o anúncio da possibilidade do corte de vagas pelo Governo do Estado caso seja aprovado um projeto de reajuste de 30% que deve ser enviado ainda este ano à Câmara dos Deputados.

Em entrevista à Rádio Eldorado AM, o presidente da Associação dos Médicos Residentes do Hospital da Clínicas, Lucas Zambon, explicou que o objetivo do protesto é reivindicar para que não haja corte de vagas em São Paulo, caso o aumento do valor das bolsas que a categoria pleiteou no Congresso seja aprovado. "Também lutamos por melhores condições de trabalho. Por lei, temos que trabalhar 60 horas semanais, mas chegamos a trabalhar até 120 horas por semana, dependendo do local." Segundo ele, dos seis mil residentes, cinco mil aderiram ao movimento.

De acordo com a associação, haverá um novo encontro amanhã no vão do Masp, na Avenida Paulista. De lá, os manifestantes devem seguir em caminhada até o Palácio dos Bandeirantes, onde pretendem se reunir com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo.

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