Médicos de todo o país podem cancelar na quinta-feira o atendimento a mais de 38 milhões de pessoas que são usuárias de planos de saúde, caso a Assembléia Nacional dos Médicos aprove o cancelamento. O coordenador do movimento Alerta Médico, Joaquim de Oliveira, disse que em algumas regiões, os médicos já suspenderam o atendimento dos pacientes das operadoras que pagam os menores valores.

A decisão mais recente foi nesta segunda-feira (31),em Brasília, onde os usuários de sete operadoras não serão mais atendidos. As operadoras são: Bradesco, Blue Life, Slam, Smile, Medial e Assefaz.

Nesta queda de braço entre médicos e operadoras, o consumidor deve ficar atento aos seus direitos. Segundo Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) os usuários de plano de saúde têm direito a atendimento no caso urgência e emergência. Para as consultas marcadas, a ANS aconselha que, antes da consulta, o paciente deve procurar saber se o médico continua ou não atendendo pelo convênio. Se não atender mais, a operadora é obrigada a substituir o médico na mesma hora.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Brasília, Eduardo Guerra, os pacientes também deveriam encampar a briga dos médicos contra os planos de saúde e cobrar mais qualidade no atendimento. “Enquanto o ususário não bater panela na porta da operadora, a operadora não vai se sentir pressionada para buscar uma solução”, disse.

O advogado de defesa do consumidor, Sérgio Tanuri, informou que os usuários podem também denunciar ao Procon o mau atendimento, tanto das operadoras quanto dos médicos.
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