Apesar das mensalidades dos planos de saúde serem reajustes anualmente, os honorários médicos e as tabelas dos laboratórios de análises clínicas credenciados não têm qualquer aumento há anos. Em depoimento à CPI dos Planos de Saúde da Câmara dos Deputados, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o diretor-presidente da Associação Brasileira de Análises Clínicas de São Paulo, Luiz Roberto Del Porto, revelou que as tabelas dos laboratórios não são reajustadas há nove anos. Já o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, disse que os honorários dos médicos não são reajustados há seis anos.
Para o juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, Luiz Antonio Rizzato, o que deve reger a relação entre o consumidor e as empresas de planos de saúde é o Código de Defesa do Consumidor. Segundo ele, os consumidores pagam esperando não usar os serviços dos planos de saúde, enquanto as empresas do setor assumem o risco caso haja algum problema, por isso os contratos não devem ter cláusula de limite (dos serviços a serem prestados pelas empresas).
O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo Almeida, informou que as empresas tem anualmente um faturamento de R$ 22 bilhões e um custo de R$ 18 bilhões. Hoje, são 35 milhões de clientes, a maioria de planos para empresas, mas os planos de saúde já chegaram a atender mais de 40 milhões.
Médicos e laboratórios reclamam reajustes dos planos de saúde
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