Dermatologia

Médicos discutem tratamento da psoríase em Curitiba

Tratamentos, soluções e sintomas da psoríase, doença não contagiosa que causa inflamação na pele e compromete articulações – quando em estado crônico -, foram os temas que reuniram, ontem, dermatologistas provenientes do Paraná e de outros estados no 1.º Encontro de Psoríase do Paraná, realizado no Instituto de Neurologia de Curitiba (INC). No Estado, a doença pode estar presente em 2% da população. Em todo o mundo, a psoríase já atinge 190 milhões de pessoas.

De acordo com o organizador do encontro, o dermatologista Lincoln Fabrício, o evento foi realizado em consequência do dia mundial da Psoríase, 29 de outubro. “A psoríase é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento. Até mesmo nos casos mais raros existem procedimentos que podem minimizar o sofrimento dos pacientes”, explica.

No entanto, profissionais da dermatologia apontam que, pelo fato de o tratamento ter custo muito elevado, falta iniciativa do governo em auxiliar famílias com casos da doença. Em média, o tratamento custa R$ 8 mil por mês. “Existe variedade grande de medicamentos no mercado e melhor acesso aos tratamentos, mas o que prejudica é o valor”, opina a dermatologista Sineida Ferreira. De acordo com ela, diversos pacientes estão entrando com mandados judiciais para que o governo libere esses medicamentos.

Para orientar médicos e interessados no assunto, Fabrício conta que a reedição do livro Consenso brasileiro de psoríase, lançado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, poderá ajudar quem se interessa pelo assunto. “É como um guia para todos, sejam médicos ou não. Nossa intenção é informar a população sobre os diagnósticos e tratamentos para essa inflamação”, conta Fabrício, que é revisor da publicação.

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