Médicos cubanos são proibidos de trabalhar no TO

Os 62 médicos cubanos que trabalhavam no Tocantins devem voltar a seu país nesta sexta-feira, 15. O juiz federal Marcelo Albernaz, concedeu liminar ao Conselho Regional de Medicina pedindo que fossem impedidos de atuar profissionalmente por falta de registro na entidade. Os cubanos atuavam no programa Saúde da Família e com sua saída muitos municípios estão desassistidos.

Irritado com a suspensão dos contratos por parte do governo do Tocantins, o presidente de Cuba, Fidel Castro, ensaiou uma crise diplomática ao anunciar que enviaria um avião para buscar os médicos cubanos. Provenientes de várias cidades do interior tocantinense, eles estão reunidos em um hotel de Palmas e embarcam amanhã(15) de madrugada para Brasília, em avião fretado pelo governo estadual.

O vice-presidente do CRM-TO, Frederico Melo, defendeu a entidade dizendo que os médicos cubanos não conhecem a realidade sanitária do Estado, não dominam a língua portuguesa e nem sequer provaram que são médicos.

Cooperação

O secretário estadual de Saúde, Gismar Gomes, explicou que o acordo de cooperação firmado com o governo cubano em 1997 se deu pela falta de médicos brasileiros para atuar no interior, uma dificuldade que ele diz existir até hoje. Em concurso feito recentemente pela Secretaria da Saúde no Estado não houve candidatos a médicos para 42 localidades. O salário pago pelo governo estadual é de R$ 4.500,00, complementado pelas prefeituras municipais.

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