O Ministério da Educação instalou a Câmara de Gestão Estratégica do Conhecimento e Educação para o Desenvolvimento (CGECon.Edu). O objetivo é promover a inclusão social com uso de redes digitais e instrumentos de gestão estratégica do conhecimento. Será um mecanismo de interlocução do Estado, sociedade civil e terceiro setor.
De acordo com o secretário de Educação a Distância, Marcos Dantas, essa Câmara é constituída por técnicos qualificados na questão da gestão do conhecimento. "É muito mais do que gerir recursos humanos, é gerir todo o acervo de conhecimento e de cultura dentro do MEC, dentro do governo e dentro do sistema educacional, tanto na cabeça das pessoas quanto nos documentos e registros informatizados, e fazer com que esse conhecimento esteja facilmente disponível para quem precisa usá-lo", explica.
Para discutir práticas de sucesso relacionadas à gestão do conhecimento está sendo realizado hoje e amanhã no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, o Seminário Internacional Saber Global 2004 Interação: Conhecimento e Desenvolvimento. Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), o encontro pretende estabelecer as bases para a integração sustentável do Brasil nas redes da sociedade global do conhecimento.
Sobre a questão da inclusão digital, o secretário salientou que hoje são cerca de 20 mil escolas, de um universo de 179 mil, que utilizam a informática em termos didático-pedagógicos no Brasil. "Dessas 20 mil escolas, cerca de 5 mil são escolas que foram informatizadas pelo MEC através do programa Proinfo", lembrou Dantas. O número de escolas corresponde a cerca de 20 a 25 milhões de alunos. Para ele, "o ideal seria que todas as escolas fossem informatizadas e conectadas, mas como somos um país relativamente pobre esse processo ainda está sendo construído".
Marcos Dantas lembrou ainda que, em boa hora, o governo Lula definiu a educação "como vetor estratégico do nosso projeto, sendo que no ano que vem dobraremos o orçamento da educação brasileiro, colocando R$ 1,5 bilhão nos programas do MEC".
Segundo a organização do evento, o seminário está sendo transmitido internacionalmente, contando com participantes de comunidades, instituições educacionais, empresas e governos de diferentes nacionalidades. Por intermédio do site www.emm.usp.br/vivo-cidade.ram os interessados podem acessar a tradução simultânea do evento, enquanto que, pelo blog www.cidade.usp.br, os internautas podem interagir com os participantes do seminário.